De menosprezada à queridinha da vez: o jogo para a espada-de-são-jorge virou!
São muitos os nomes. Os científicos – Sansevieria trifasciata (borda amarela) ou Sansevieria zeylanica (verde rajada), Sansevieria cylindrica (a cillíndrica). Os religiosos – espada-de-são-jorge, espada-de-santa-bárbara, espada-de-ogum (verde) ou espada-de-oxóssi (com bordas amarelas). Os engraçadinhos – língua-de-sogra, rabo-de-lagarto. A multiplicidade de apelidos só mostra como a sanseviéria é popular, comum. Tanto que muita gente acha que é uma planta brasileira. Chega aqui, deixa eu te contar: não é não! A espada-de-são-jorge é uma planta de origem africana!
Vinda no bojo dos navios negreiros, se adaptou muito bem ao Brasil e se espalhou tanto, mas tanto, que todo mundo já viu e conhece, mas não é sequer fácil de encontrar para comprar. Mais fácil ganhar muda.
Mas por que tá na moda? A razão é muito simples: o tempo anda escasso, todo mundo quer planta, pouca gente quer/pode ter mais trabalho. O espaço também anda escasso: pouca gente tem jardins com sol ideal para plantas mais sensíveis. A espada-de-são-jorge é, como minha bisavó diria, uma “tomba-homem”, forte, aguenta tudo. E por isso é perfeita para jardineiros e jardineiras iniciantes, como uma primeira planta pra se ter em casa. Aguenta muito sol ou pouco sol, tanto faz. E requer pouca água.
Antes vistas como plantas “antigas”, agora as meninas andam sendo vistas nas melhores casas do ramoinstagram (veja #snakeplant).
É uma planta de muitos usos. As folhas são usadas para produzir fibras para cordas e cestos, a seiva pode ser usada como um antisséptico, e removem toxinas como formaldeído e xileno da atmosfera.
Mas você ainda precisa de uma razão para adotá-la? A gente te dá: espadas-de-são-jorge são ótimas para serem usadas em quartos, pois removem dióxido de carbono e produzem oxigênio à noite, melhorando o seu sono.
Por falar nisso, a NASA usou as plantas em seus ônibus espaciais para melhorar o ar circulante. Ônibus espaciais, aqueles espaços confinados, ultra-modernos. Decorados com espadas-de-são-jorge. Isto mesmo. Sim, as sansevérias já viajaram para o espaço.
A espada-de-são-jorge merece nosso respeito por sua história, por suas resistência, beleza, e agora a gente sabe que favorecem noites bem-dormidas.
A gente não pode esquecer de que por conter saponinas as sansevierias são tóxicas!
Para humanos o nível de toxicidade é baixo para quem come, produzindo sintomas de curta duração, como dor na boca, salivação e algumas náuseas. Em casos raros, pode produzir uma reação na pele. Para gatos e cães pode causar salivação excessiva, dor, náuseas, vômitos e diarréia. Mas não é letal, e quem come 1x não come de novo.
Mas como cuidar de Sansevieria dentro de casa?
Luz: pelo menos algum sol direto por diversas horas um o dia é melhor, porém é ok com pouca luz desde que não escuridão total.
Rega: como cactos, de 1 a 3 vezes por semana.
Solo: arenoso é preferível, mas ok com solo fértil.
Rega: como cactos, de 1 a 3 vezes por semana.
Solo: arenoso é preferível, mas ok com solo fértil.
E aí, animou a adotar uma? A gente aqui já quer várias!
CURIOSIDADAE:
Conforme Bárbara Gonçalves, para muitos praticantes de religiões de raiz africana, as espadas são chamadas por diferentes nomes conforme sua cor e formato:
– Toda verde: espada de São Jorde ou Espada de Ogum
– Verde com a borda Amarela: Espada de Iansã
– Vende arredondada: lança de Ogum
– Verde com borda branca (mais rara): Espada de Oxalá
– Verde com a borda Amarela: Espada de Iansã
– Vende arredondada: lança de Ogum
– Verde com borda branca (mais rara): Espada de Oxalá
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